Friday, June 24, 2016

V de Vitória?

Como estou sem pachorra para estas coisas aqui fica o link para um post anónimo (helas!) com o qual concordo, embora com reservas.

Para que não restem dúvidas, aqui ficam as minhas discordâncias:

1) Não vejo a qualidade de V de Vingança em parte nenhuma. Para mim só é importante porque contém as ultimas páginas de Tony Weare (eu e David Lloyd somos ambos fãs incondicionais da série "Matt Marriott").

2) Se o número 1 me deixa dúvidas (mas, apesar de tudo, os nomes implicados merecem-me respeito), acho chocante que seja atribuído um mínimo de credibilidade a Fax de Sarajevo. Por favor! Joe Kubert transformou a guerra da Bósnia numa história do Sgt. Rock! E nem sequer se deu ao trabalho de investigar os uniformes. Se o problema era a guerra nos Balcãs, exigia-se Safe Area Gorazde de Joe Sacco, como é mais do que evidente.

De resto... nomes imprescindíveis? Os que o autor cita e Anke Feuchtenberger, Martin tom Dieck, Fabrice Neaud, Aristophane, Yoshiharu Tsuge, Chris Ware, Thierry van Hasselt, Olivier Deprez, Vincent Fortemps, Yvan Alagbé, Eric Lambé, Mat Brinkman, Federico del Barrio, Felipe H. Cava, e um longo etc...

Concordância absoluta: Debbie Drechsler!

4 comments:

MMMNNNRRRG said...

creio o que o casal da "Bedeteca Anónima" refere-se ao "Fax" talvez por ter sido o primeiro livro sobre o tema ou por contar sobre como Ervin Rustemagić se safou aos massacres porque tinha contactos internacionais e porque era um empresário - daí a Eslovénia lhe ter dado guarida senão teriam recusado asilo e teria perecido como muitos milhares de outras pessoas que não tinham os mesmos privilégios sócio-económicos.
Como documento não deixa de ter o seu interesse apesar de ser "light" e "comiqueiro". Sem dúvida que o "Safe Area" de Sacco é superior ou nem se pode comparar!!! A "Bedeteca Anónima" é demasiada simpática, "naif" ou optimista, é o que é...
abraços
M

Isabelinho said...

O crítico até é um bom crítico, não havia necessidade...
Acho que o flamante grand prix de Angoulême, monsieur Hermann também fez qualquer coisa, mas esse nunca li.

MMMNNNRRRG said...

o problema do "fax" é que ´"bad art" sem dúvida mas como documento acho interessante: um autor que tenta fazer algo por outro ser humano (tal como Max com "Nosotros sons els morts" também tentou fazer algo para combater a apatia que a Europa vivia em relação aos Balcãs) e revela o que foi apontado acima. Talvez não como um livro artísticamente pelo mas como documento "social" de um época tenha interesse - valia ser editado em português? bof...
esse do herman já nem me lembro, talvez consiga ser menos interessante que o do Kubert de tão "europeu" que é (capa dura, cores, as 40 e tal páginas da praxe), a ver se releio para ver se é tanga ou tango...
bom domingo, Domingos!
:)
M

Isabelinho said...

Gracias!